roubos têm aumentado

Os roubos têm aumentado de uma forma espontânea em Portugal, nos últimos anos, ainda não percebi foi o porquê...

Eu gostaria que lesses este artigo, para perceberes melhor essa questao


Redação O Estado do Paraná
O engenheiro civil João Souza cansou dos freqüentes roubos na capela mantida por sua família no Cemitério Municipal do Água Verde, em Curitiba. Por isso resolveu tomar uma medida drástica: cercou toda a capela de grades de ferro com uma porta trancada por grossas correntes. "Isso é uma coisa inédita em cemitérios. Parece uma prisão", afirma.

No entanto, nem a segurança reforçada parece intimidar os bandidos. "Eles conseguiram cortar uma das grades e entraram na capela para roubar a porta e a janela, que eram de alumínio. Isso é uma vergonha sem tamanho. A gente espera um mínimo de decência pelo menos dentro do cemitério, mas isso não existe porque ninguém liga para o que está acontecendo", conta Souza.

Essa foi a segunda vez que os bandidos levaram a porta e a janela de alumínio da capela da família do engenheiro. As alças dos túmulos, feitas de bronze, também foram roubadas. Com o incidente, Souza vai colocar as grades duplas para ver se assim consegue conter a ação dos criminosos. "Só não consigo me conformar como ninguém ouve ou vê gente saindo do meio do cemitério com uma porta e uma janela embaixo do braço", questiona.

De acordo com Melodi Mansur, administradora do Cemitério do Água Verde, o número de roubos no local tem aumentado. "Tem dois guardas municipais que fazem a segurança durante o dia e dois durante a noite. Mas isso não é o suficiente, dado o tamanho do cemitério", afirma. Melodi conta que os ladrões costumam entrar em grupo no cemitério e que os roubos aumentam em dias de chuva. "Tem noite que eles chegam a roubar de 50 a 60 túmulos."

No Cemitério Municipal do Santa Cândida os roubos freqüentes fizeram com que a administração resolvesse colocar postes para iluminar o local durante a noite. Um funcionário, que preferiu não se identificar, disse que nem os fios de alta tensão escaparam da mira dos bandidos. "Roubaram toda a fiação porque ela é feita de cobre. Como já não sobraram placas e puxadores de bronze, porque já roubaram praticamente todos, eles estão atacando a fiação de luz", relata o funcionário.

Juca Valeski tem 77 anos e trabalha desde criança no Cemitério Paroquial do Santa Cândida. Segundo ele, a incidência de roubos não tem sido grande no local pelo simples fato de não existir muito mais coisas para serem roubadas. "Levaram tudo que era de bronze. E este tipo de roubo é triste para as famílias, porque eles não esperam enfrentar uma situação desse tipo. Quando vêm visitar o túmulo dos parentes acabam encontrando tudo desfalcado", afirma. (Sâmar Razzak)

Dica é fechar a capela à noite

De acordo com Carlos Celso dos Santos Júnior, diretor da Guarda Municipal de Curitiba, o número de roubos dentro dos cemitérios da capital não é alarmante nem tem aumentado nos últimos tempos. "As ocorrências acontecem em maior número no Cemitério do Água Verde porque ele é o maior. Temos intensificado as buscas nos cemitérios, de qualquer forma, para evitar esses roubos", afirma.

As famílias que realizam velórios durante a madrugada também recebem orientação para se protegerem dos bandidos. Gelcio Miguel Schibelbein, presidente do Sindicato das Funerárias, afirma que a orientação passada por todos os agentes às famílias é de que, quando forem realizados velórios à noite, fechem as grades da capela, principalmente quando tem pouca gente no velório. "Nunca ouvi falar em assaltos nas capelas propriamente, porém toda a precaução é necessária. Já os roubos de bronze e alumínio acontecem em todos os cemitérios da cidade, indiscriminadamente", conta. (SR)